terça-feira, 16 de outubro de 2007

O que é fé?

Iniciamos nossos estudos de Monitoria para a COMERRP 2008 com a leitura do Capítulo XIX, A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS, de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Assim foi preferido perante a necessidade de entendermos o conceito de fé, baseado nas obras de Kardec, que se apresenta na proposta escolhida pelas Mocidades que representamos. Durante os estudos dos dias 23/09, 07/10 e 14/10, após esclarecimentos sobre estrutura e finalidade de A FÉ E AS OBRAS NA FORMAÇÃO DO HOMEM DE BEM, a leitura dos itens de um a dez nos possibilitaram concluir alguns conceitos para uma definição que pudéssemos nos basear. A confiança no cumprimento de uma coisa, uma certeza de atingir um fim, mais que acreditar, um saber que não admite dúvida da concretização do esperado, chamamos de fé. Difere de crença, pois como se vê no trecho de Allan Kardec, “é preciso se guardar de confundir a fé com a presunção”.
Foi citada na reunião a história de Sathya Sai Baba, um guru indiano considerado um Avatar (deus encarnado), que há mais de 50 anos realiza materializações de objetos. Um dos feitos marcantes é a materialização de uma cinza chamada Vibhuti que é distribuída para todos e alegadamente tem poderes curativos. Sai Baba investe pequenas fortunas em saneamento na Índia, com escolas e creches onde, além do ensino básico, é ensinado valores espirituais independentes da religião. Sathya acredita que pode, sabe que pode, tem fé?

8 comentários:

André disse...

Olá,
Espero que seja sempre atualizado e convido todos a comentárem e darem suas contribuições.
Aproveitando... pelo que diz o hindu que mora aqui na pensão, o Sai baba só é considerado um avatar entre o 'povão'. Ele seria pouco considerado pelos grandes monges e sábios hindus.
Sobre a fé, assim que for possível pretendo enviar para que postem aqui algumas definições dos dicionários filosóficos... talvez ajude!
Além disso, gostaria de dizer que pelo que entendo há diferença entre 'não ter dúvida da realização de um fim' e 'fazer com que um fim se realize por acreditar nele'.

Obs.: Tomei a liberdade de configurar para que os comentários apareçam em janelas separadas. E também desativei o moderador de comentários.

Abraços

Anônimo disse...

Dé, obrigada pelas configurações e o blog vai ser sempre atualizado sim, penso que seja semanalmente...e seria ótimo se postássemos essas diferentes definições, seria bem interessante para as discussões...
quando ao que você diz sobre haver uma diferença entre 'não ter dúvida da realização de um fim' e 'fazer com que um fim se realize por acreditar nele' eu concordo que há essa diferença, mas não entendi de onde essa reflezão veio...pensei que fosse do texto, talvez teria isso escrito, mas não encontrei ... se esclarecesse eu agradeceria..

Thami

Anônimo disse...

Entendo que haja diferença, mas o que foi citado é "não admite dúvida da concretização do esperado". O saber de que o fim seria alcançado. Penso
que "fazer com que um fim se realize por acreditar nele" talvez fosse o "uso" da fé e não a definição. Se é que entendi o que foi comentado. Abraços! Se puder, explique isso pra gente.

André disse...

Olá,
Seguinte, eu tentei comentar, mas deu um erro... logo minha resposta foi perdida, e, como bem se sabe, quando tentamos repetir uma resposta, ela nunca é igual a primeira, em geral é pior.
Realmente não há no texto do Paulo esta questão de forma explícita (e nem eu disse que tinha, rs). Meu comentário teve a intenção de afastar essa confusão que esteve presente na última reunião de estudo.
Além disso, essa diferenciação me parece muito importante pois possuir 'certeza da realidade de algo' não retira a atividade, e mesmo o empenho, neste algo.
Outro ponto que coloco aqui é que se 'possuir certeza' e acreditar são coisas diferentes mas, ambs, formas de conhecimento (em um sentido amplo que não coloca a questão da diferença entre saber e conhecer), podemos questionar de que qualidade é essa diferença. Seria apenas uma questão de intensidade? Ou será uma diferença da natureza das duas coisas?
Ouvi no curso sobre o livro do Herculano "Introdução a Filosofia Espírita" que estou fazendo, que a fé está ligada a afetividade, enquanto que as outras formas de conhecimento estariam ligada à razão. Seria este o ponto?
O que acham?

Abraços

André disse...

Percebi outra coisa:
No comentário do Paulo ele diz que "fazer com que um fim se realize por acreditar nele" seria o "uso" da fé. Será? Basta acreditar em algo para que ele se realize? Teria a fé relação com esse acreditar?
Se a fé está ligada, como concordamos, com a atividade, seria o simples ato de acreditar uma atividade suficiente para se relacionar com a fé?
Por fim, e talvez destruindo todos os questionamentos anteriores, não é exatamente esta a confusão que expressei no meu 1º comentário, e que acho útil afastar?

Abraços

Anônimo disse...

Estou confusa! Tavez porque eu não fiquei até o final na última reunião...
Mas lendo os comentários e, lembrando do que eu ouvi na reunião (quando eu estava), a fé não está ligada a atividade. Ou está? Vou conversar com o Paulo para tirar algumas conclusões...
Depois eu comento...

Anônimo disse...

Entendi algumas coisas, obrigado André. Mas, na reunião discutimos a possibilidade de se ter fé na ciência. Seria correta essa associação? E quanto ao "acreditar" penso que a fé seja mais que isso, não sei se me expressei bem no texto. Tento partir de uma definição de fé e me confundo quando leio o trecho "fazer com que um fim se realize por acreditar nele". Para ter fé preciso ir além da convicção e realizar algo? Não fui esclarecido quanto a isso. AAhhh, estou adorando a discussão, He Heee!!! Beijos e Abraços!!!!! Continuem comentando galera.

André disse...

Olá queridos,

Por favor, atualizem isso aqui com os resultados da última reunião... parece que superamos boa parte (senão todas) das dúvidas destes comentários, o que acham?
Aguardo a atualização!

Abraços