sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Capítulo XV - Fora da caridade não há salvação

Na segunda-feira (03-12), estudamos o capítulo XIII (inteiro). Pode-se dizer que caridade é amor, porque a caridade é um sentimento e não um ato. Caridade é amor, pois o amor não é passivo, é ativo (não é ação, é sentir) e reage a isso que sente, por isso é um sentimento e não uma prática. Toda a moral de Jesus se resume no sentimento da caridade e na humildade. Jesus nos mostra que essas duas virtudes (caridade e humildade) são o caminho da felicidade.
No Evangelho, há uma passagem que diz "Jesus não fez, pois, da caridade somente uma das condições de salvação, mas a única condição; se houvesse outras a serem preenchidas, ele as teria mencionado. Se coloca a caridade no primeiro plano das virtudes, é porque ela encerra, implicitamente, todas as outras: a humildade, a doçura, a benevolência, a indulgência..." Diante disso, não podemos dizer que a caridade é o melhor sentimento, mas que ela está presente em todos os sentimentos. Assim, nenhuma virtude é mais importante que outra, mas uma depende da outra.
Outra passagem é a de São Paulo, que coloca a caridade acima da fé, "porque a caridade está ao alcance de todo o mundo, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre, e porque independe de toda crença particular." Nesse caso, a fé está relacionada às crenças de cada um, já a caridade é igual para todos. Todos podem sentir.

8 comentários:

André disse...

Olá,

Hoje foi de atacado, hein? rs
Bom, ao dizer que a caridade (do latim, caritas) é um sentimento não se exclui que digamos que "fiz caridade", mas em um sentido impreciso como é possível "fazer amizade". O importante de a caridade ser sinônimo do amor puro é que desta forma se entende bem porque só ela leva a salvação.
Mas salvação de que? De onde? De quem? Pra que? Para onde? Para quem? Compreender bem o que é, afinal, a salvação é necessário para compreender porque devemos nos salvar, e porque a caridade é a única condição.
A passagem de Paulo citada não coloca exatamente a caridade acima da fé. Essa comparação guarda um sentido bem definifo que não se confundo com as anteriores comparações entre fé e obras feitas até aqui. A caridade é a mais "excelente" das três virtudes (ditas teologais), a saber a fé, a esperança e a caridade. Mais excelente não é o mesmo que estar acima. A caridade é superior porque é para onde convergimos, é de certa forma, se não o objetivo da vida, mas o resultado deste objetivo. A fé e a esperança são auxiliares neste caminho, mas a caridade é por fim a medida. Insisto nestas distinções "sutís" para que não caiamos no erro de supor hegemonia de alguma delas, dominio. Não há qualquer dominio, há colaboração. Cada uma tem seu papel e seu lugar na natureza humana e na caminhada infinita.
A citação que explica porque é a caridade a única condição é do evangelho (e não de Paulo) e usa fé no sentido de "conteudo da fé" e não da fé em si mesma. Desta forma, dada a justiça divina, a condição de salvação não pode ser algo que não esteja ao alcance de todos. Por isso claramente não pode ser a riqueza. Mas porque não a verdade? A fé, conteudo? Porque está também não está ao alcance de todos. A verdade pressupõe estudo, e nem todos tem acesso a isso. Além disso o estágio do homem terrestre não lhe permite acesso a verdade absoluta, somente a partes dela, a um conhecimente ainda em formação. Por isso mesmo há divergências, e há apego aos pontos de vista. Como poderia ser algo em construção, e, por hora, relativo, a condição da salvação? Não seria justo. Portanto, somente a caridade, sentimento acessivel a todos independente de povo, língua, raça, condição social e crença; enfim, algo universal, pode ser a condição justa da salvação.

Ainda um outro ponto foi tocado na reunião que me parece importante resgatar: Se a caridade é amor puro, e o amor mais puro é o amor a Deus, porque ele se efetiva em obras para o próximo? Como é possível atingir esse fim ao menos aparentemente tão distante?

Abraços

Anônimo disse...

Olá!

** Não entendi, porque foi "atacado"?

Bom, acho que a partir do momento que uma pessoa ama Deus, ela ama a todos. Então, por isso que esse amor efetiva em obras para o próximo. Amando todos, a pessoa quer o bem de todos.
Estou em dúvida se entendi a última pergunta, mas a caridade (como foi dito em outro texto) pode ser feita de várias maneiras, incluindo o pensamento. Logo, podemos pensar o bem para uma pessoa, estando longe. Acho que é isso.

Beijão para todos! :)

André disse...

Olá queridona,

Foi atacado, no memso sentido do supermercado "atacadão"... Foi só uma piada... :P
Penso que o processo é o contrário: amo a todos, e por isso amo a Deus. O caminho mais lógico parece ser esse que me leva de conhecer a mim, e amar-me, à conhecer o outro, e ama-lo; o que resulta em amar a criação... amando a criação amo o criador. Por isso mesmo a pergunta. Ou seja, o amor a Deus se efetiva pela caridade pq ela é o caminho que traço de mim até Deus.
A ultima pergunta, que sinto que ja foi respondida, queria saber qual o meio de atingir esse fim tão grande que é o ser, finito, amar o ser infinito... pelo que conversamos o primeiro passo é conhecer a si mesmo.
O que acha?

Beijos

Anônimo disse...

Olá queridão!

Ahh nem sei se entendi viu! rs
Mas, então, o primeiro passo é conhecer a si mesmo. Mas quando nos conhecemos sabemos como lidar com nossos defeitos, então basta ter força de vontade para vencê-los. A partir daí tem-se aquele processo: amo a todos e amo a Deus. Já que esse ser infinito é perfeito, quando lutamos contra nossos defeitos, nos aproximamos mais desse ser infinito.
* O que acha? rs

André disse...

Então queridona,

Concordo com vc. Só não acho necessária a parte final, referente aos defeitos e tal... isso pq torna-se um pleonasmo dizer isso após ter falado em se conhecer e amar a todos e a Deus. Afinal de conta, aquele que se conhece e ama a Deus (e só é possível dizer que ama a Deus se ama a criação) já está vencendo defeitos e se aproximando Dele, inclusive porque o próprio amor É ELE.

Já que vc ta zuando meu "O que acha?" vou de Paulão então: Comentem.
rsrsrsrs

Abraços

Anônimo disse...

Depois a gente conversa a respeito dessas brincadeirinhas ai!

Anônimo disse...

olá, Queridoes!

vocês poderiam postar as conclusoes do capítulo XV?
Façam esse favorzinho para mim.
Ficarei eternamente grata!!

Anônimo disse...

Ao Anônimo.

Você poderia se identificar e dizer qual é a dúvida, assim podemos chegar a essa conclusão que você quer...

Abraços