segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Todos somos médiuns?

"Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns." (Parte retirada de O Livro dos Médiuns Cap. XIV Os Médiuns)
A partir disso nos perguntamos: somos médiuns ou não? Pois, primeiramente no trecho acima, é dito que a faculdade de sentir a influência dos Espíritos é inerente ao homem, mas depois é afirmado que existem pessoas, mesmo que raras, que não possuem essa faculdade nem de forma rudimentar. Desta forma, concluímos que nem todos são médiuns, apesar de serem raros os que não o são.
Então o que significa que sentir a influência dos Espíritos é inerente ao homem? É natural do homem, mas nem todos sentem.
É importante dizer que a palavra médium é utilizada, usualmente, para designar aqueles que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada (O Livro dos Médiuns Cap. XIV Os Médiuns).

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns Cap. XIV Os Médiuns item 159 tradução de J. Herculano Pires
O Livro dos Médiuns Introdução 3º Parágrafo

14 comentários:

André disse...

Oi,

Então né, entendo que o trecho faça referência ao fato de que seria uma capacidade do homem a de sentir a influência dos espíritos. Isso significaria que em potência todos tem essa capacidade. Mas que nem todos te isso manifestado em uma vida determinada. De certa forma essa capacidade é capacidade do Espírito, então todos têm. Mas nem todos os homens tem. Ou seja, nem todos os encarnados tem os meios físicos de manifestar essa faculdade. Nesse sentido o "estado rudimentar" se referiria a ter um mínimo de manifestação dessa capacidade. O que pode não acontecer com todos os homens. Mas todos tem a capacidade em potência.
O que acham?

Beijos

Anônimo disse...

Oi André e oi povo (anônimo) que fez este post...

Eu acho que mesmo no estado rudimentar todos os homens usam essa capacidade, já que há sempre a comunicação homem-espíritos na vida. Seja para 'ouvir' ou 'sentir' o que um obsessor pede ou também quando temos aquela intuição, vinda de espíritos que nos querem bem, diante de uma situação difícil... Penso eu, que por esse motivo, a comunicação homem-espíritos é tão importante quanto qualquer outra forma de comunicação. E, tabmém, já que há a capacidade em todos os homens ela pode ser desenvolvida, como todos sabemos. Acho que pode ser comparada a arte, alguns já nascem com o dom de fazê-la incrívelmente, mas ela é passível de desenvolvimento em qualquer um que queira se dedicar exaustivamente.

Gostaria também de tocar na questão da genética. Acredito eu, que a mediunidade é facilitada também pela composição física. Outro dia eu assisti, na globo, uma reportagem sobre o estudo da mediunidade e um pesquisador falou que nos estudos que ele fez com médiuns ele reparou que havia mais 'cristais' na glândula pineal dos médium. Foi esse mesmo o termo que ele usou, cristais. Há também em tribos africanas e ciganas famílias que têm por tradição a utilização da mediunidade, que é ensinada de pai para filho durante gerações.

Como eu disse no começo do parágrafo assima a mediunidade pode ser facilitada pela composição física, mas mesmo quem não nasceu pra ser médium pode assim mesmo desenvolver sua mediunidade (até que nível não sei). Da mesma forma que existem artistas sem braços que pintam com os pés ou com um capacete aclopado a testa.

Perdoem-me acaso tenha fugido ao tema ou me extendido demais.

Sayōnara...

Anônimo disse...

P.S.: Perdoem também meus vários erros de português...

André disse...

Oi Jesiel,

Eu entendo o que vc diz. E tendo mesmo a concordar com vc que não fuja ninguém à mediunidade. Mas, como ta lá escrito no livro, eu prefiro pensar que possa haver algum caso que fuja a essa minha percepção. É que, ainda que eu perceba que todos devem ter alguma meio de serem influenciados e tal, isso não parece suficiente para supor que não possam haver "casos raros" em que a pessoa não possua a coisa nem em grau rudimentar. Então a questão importante passa a ser entender bem o que seja esse grau rudimentar, entende?
Concordo tb com o que vc diz a respeito das condições físicas. Foi por esse caminho que tentei ir no outro comentário, quanto a diferença entre a propriedade inerente ao homem e o grau rudimentar. Eu já ouvi alguma coisa sobre essa pesquisa dos cristais. Mas nunca vi nada muito definitivo a esse respeito. Em que programa vc viu? Seria interessante ir ao site ver as fontes e, quem sabe, até ter contato com o pesquisador.
Agora, quanto a desenvolver a mediunidade, entendo que isso deva ter limites físicos se tem a tal relação com a genética (e certamente tem). Quer dizer, se vc vai pelo exemplo da arte, isso não fica claro pq a arte é um "dom" intelectual, e que depende pouco do corpo (mas depende de habilidade para bem usar seus instrumentos, quando há instrumentos). Mas no caso de uma habilidade com vinculações físicas, o corpo dá limites. Assim um corredor, por mais que treine vai encontrar limites físicos. Até que o joelho dele rompa, por exemplo. E coisas assim. Então, se há mesma a questão da glândula pineal, ela pode ter limites quanto a seu desenvolvimento, não?

Abraços

Anônimo disse...

Bem, sabemos pelo livro dos espíritos (e por vários outras obras como as de André Luiz) que até mesmo os animais possuem certa mediunidade, e animais mais 'evoluidos', como cachorros e cavalos, vêem os espíritos com frequência. Eu acho que no caso, Kardec fez um comentário e não uma regra quando disse 'são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar'. Sabemos também que Kardec já ''errou'' em um comentário próprio feito no livro dos espíritos quando disse que 'Marte ''seria'' um planeta menos adiantado que a Terra', o que foi 'corrigido' pelo livro da mãe do Chico, Cartas de uma Morta, e por alguns outros psicografados pelo Chico.

Anônimo disse...

(Descupe no comentário acima eu cloquei sem querer em publicar.)

Sobre a pesquisa da glândula pineal, eu assisti no Globo Reporter em um programa sobre mediunidade.

E, com certeza André, o exemplo do atleta é melhor que o da arte, que eu dei na hora só para ilustrar... E acredito que realmente, mesmo com limitações (digo talvez porque não tenho realmente certeza de quanto a genética limita o desenvolvimento da mediunidade) a mediunidade é passível de desenvolvimento em qualquer um. E, será que pessoas mais evoluidas moralmente teriam mais facilidade pra desenvolver a capacidade mediunica?? Uma oura coisa também é que eu já li em alguns livros, inclui também um do André Luiz, que os espíritos desenvolvem a mediunidade de certos trabalhadores espíritas quando necessário.

Anônimo disse...

Podia ter um botão pra editar os comentários já enviados. No comentário acima eu comi algumoas palavras, como 'talvez'.

Anônimo disse...

Bom...
Olá Dé e Jesiel
A mediunidade, conforme nossas conclusões dos estudos, não depende da evolução moral, nos livros isso está escrito. Ela se manifesta em diferentes lugares com pessoas de diferentes evoluções.
O Kardec na introdução do Livro dos Médiuns, utiliza também como argumento a arte, diz que as regras da poesia e da música não fazem o artista, mas orientam aqueles que já possuem um dom, e diz também que a mediunidade se encaixa nesse caso, diz que o desenvolvimento da mediunidade depende de causas estranhas a vontade humana.
Vou ler os outros postes e comentários e até sexta tento deixar um comentário nos postes anteriores.
Beijos
Tamizinha

Anônimo disse...

Será que o "estado rudimentar" seria não sentir a influência de modo algum?

Anônimo disse...

Então...no estudo sobre Companhias Ocultas, nós discutimos sobre os anjos guardiões, ou Espíritos protetores. Lendo "O Livro dos Espíritos", entendemos que todo ser encarnado tem um Espírito Protetor, e que esse protetor não só pode como auxilia seu protegido, seja com conselhos, com consolos. Se todos nós recebemos a intuição de nosso guardião, então todos somos médiuns, mesmo que seja inconsciente (não seber diferenciar se o pensamento foi relamente seu ou se foi uma intuição), porque temos a influência de um Esppírito.

Anônimo disse...

Dé,
Sei lá da capacidade em potência, como seria isso?
Tipo pelo que a Troll disse do Livro dos Espíritos todos somos médiuns por recebermos a influência do Espírito protetor, e no estudo entendemos que todos tem um espírito protetor, logo todos são médiuns. Mas a definição de médium é aquele que sente a influência dos espíritos, e teria como sentir inconscientemente? então esse "rudimentar" poderiam ser aquele que sente inconscientemente?

Beijos
Tamizinha

André disse...

Então,

Eu penso que devo conceder ao Kardec uma posição de consideração pelo que ele diz. Quer dizer, parece correto ler algo considerando que o que é dito não é dito a toa. Não dá pra supor, de cara, que ele era. Mas fácil que eu erre ao ler. Então insisto que o ponto seria entender o que ele quer dizer com o tal "estado rudimentar". Pessoalmente eu não li o contexto de onde foi tirado o trecho, mas acho que é isso que primeiro deveria ser feito. O contexto pode ajudar a entender o que ele quer dizer com isso.
Agora, quanto às evidências apresentadas, que se referem ao fato de que já que todos somos assistidos, então devemos ter a capacidade de receber assistencia, parece tudo correto. Mas será que isso significa o mesmo que ter mediunidade? Quer dizer, será que essa assistência não pode vir por meio de vibrações sem que isso signifique, necessáriamente, ter algum grau de mediunidade?
Além disso, será que não há quem encarne com a deficiência de não possuir nenhum grau de mediunidade assim como temos exemplos de deficiências de todas as capacidades humanas?
O que quero tentar deixar claro é que se o Kardec (não pq tem o nome, mas pq estudou muito) nos diz que há casos raros de ausência de mediunidade, é preciso ter um bom motivo que nos leve a dizer o contrário, não?

Abraços

Anônimo disse...

Oi André.

Olha, no começo deste capítulo Kardec mesmo diz: Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium.. Ora, se a paessoas sente vibrações, intenções, concelhos, ajudas, vindas de seu mentor, ou de qualquer outro espírito, ela é médium pela própria definição do codificador. A mediunidade é tão somente a capacidade de comunicação com os espíritos em qualquer grau.

Talvez, o 'estado rudimentar' que kardec quis dizer seja um estado mínimo, porém mais aberto, de comunicação. Bem, tentando por em números; se um médium comum é 100 e as pessoas normais são 1, se algumas pessoas tivessem 0,001 isto talvez fosse interpretado por Kardec como abaixo do estado rudimentar.

André disse...

Jesiel,

Eu entendo isso, mas sentir vibração é o mesmo que sentir o espírito? Não há diferenças?

Entendo tb seu recurso aos números, mas não sei se adianta muito. Vou dar uma lida em outros trechos pra ver se encontro alguma coisa.

Abraços