Artigo 1:
Same-sex sexual behavior and evolution
O artigo visa estudar estas relações em animais não-humanos (como o próprio autor afirma) para entender sua persistência no decorrer do tempo, não desaparecendo no processo da seleção natural. Além disso, pensar suas principais implicações sociais, morfológicas e evolução comportamental.
Notou-se uma certa ocorrência no meio selvagem entre animais como bonobos (chimpanzé), alguns golfinhos, albatroz (pássaro) e cobras, de onde conclui-se que o comportamento sexual entre seres do mesmo sexo biológico ocorre em várias partes da natureza, sendo assim um comportamento tipo como natural. Estudou-se esse processo em 3 categorias:
- Relação puramente sexual: relações que ocorrem entre seres do mesmo sexo biológico visando a reprodução, como foi observado entre algumas moscas.
- Relação com preferência: é observada quando o indivíduo tem a opção por ambos os sexos biológicos e opta por praticar a relação com indivíduos do mesmo sexo biológico. Este comportamento foi observado em uma raça de libélulas.
- Relação com orientação: mais comumente encontrada entre humanos, é raramente observada entre outros animais. Foi identificada entre animais como uma relação de longo prazo, podendo apresentar uma relação paternal com relação a seres mais jovens. Foi observada em uma espécie de pinguins (Pygoscelis antarcticus).
Observação: O próprio autor fala sobre a dificuldade para fazer alguma afirmação sobre o último tópico, justamente por não poder possivelmente saber o que o animal deseja, sendo assim baseada sob observação.
Dentre as possíveis causas, foram apresentadas algumas possibilidades: distribuição hormonal diferenciada entre os seres analisados, diferenciação sexual do sistema nervoso, fortalecimento dos grupos de seres do mesmo sexo biológico, introdução de seres mais jovens ao mundo sexual, presença de genes que influenciem a orientação. Contudo, não existe real comprovação de nenhuma delas. O principal interesse em descobrir sua origem está em entender a persistência de um comportamento que apresenta um aparente paradoxo por ser inconsistente quando visto pelo lado da teoria da evolução tradicional.
Dentre as consequências observadas, alguns indivíduos apresentam características morfológicas diferentes da esperada, como os besouros que, depois de serem forçados por outros besouros mais imponentes a praticar o ato, apresentam uma camada protetora que dificulta esta relação traumática. Além, foi claramente observada que a relação entre seres do mesmo sexo biológico nos golfinhos ajuda na união do grupo, facilitando a proteção de cada indivíduo deste grupo.
Artigo 2:
Genes Envolvidos na Determinação e Diferenciação do Sexo
Segundo Melo e Assumpção, a determinação e diferenciação sexual estão ligadas principalmente a presença ou não do cromossomo Y no cariótipo. As autoras destacam que o processo mais importante na determinação sexual é a diferenciação das gônadas. “O processo como um todo é classicamente dividido em quatro etapas: a determinação do sexo cromossômico, que é estabelecido na fertilização; a diferenciação das gônadas em testículos ou em ovários; a diferenciação dos genitais internos e externos masculinos ou femininos a partir das estruturas indiferenciadas presentes no embrião, que é dependente da presença ou ausência de testículos; a diferenciação sexual secundária, que é a resposta de vários tecidos aos hormônios produzidos pelas gônadas para completar o fenótipo sexual.” (MELO e ASSUMPÇÃO, p. 14).
Melo e Assumpção explicam que os cromossomos X ou Y não são os únicos responsáveis pela diferenciação do sexo, durante a decodificação do DNA outros cromossomos, enzimas e aminoácidos podem sofrer mutações. Tais mutações podem gerar vários fenômenos diferentes no genótipo e fenótipo. No texto, fica mais fácil compreender onde ocorre a mutação e os resultados que elas podem gerar, já que as autoras deixam bem identificado tais informações.
Referências Bibliográficas:
BAILEY, Natham. W. “Same-sex sexual behavior and evolution” In: Trends in Ecology Evolution, v. 24, p.439-446, 2009.
MELLO, Maricilda Palandi de; ASSUMPCAO, Juliana de; HACKEL, Christine. “Genes envolvidos na determinação e diferenciação do sexo” In: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v.49, n.1, p. 14-25, 2005.
Same-sex sexual behavior and evolution
O artigo visa estudar estas relações em animais não-humanos (como o próprio autor afirma) para entender sua persistência no decorrer do tempo, não desaparecendo no processo da seleção natural. Além disso, pensar suas principais implicações sociais, morfológicas e evolução comportamental.
Notou-se uma certa ocorrência no meio selvagem entre animais como bonobos (chimpanzé), alguns golfinhos, albatroz (pássaro) e cobras, de onde conclui-se que o comportamento sexual entre seres do mesmo sexo biológico ocorre em várias partes da natureza, sendo assim um comportamento tipo como natural. Estudou-se esse processo em 3 categorias:
- Relação puramente sexual: relações que ocorrem entre seres do mesmo sexo biológico visando a reprodução, como foi observado entre algumas moscas.
- Relação com preferência: é observada quando o indivíduo tem a opção por ambos os sexos biológicos e opta por praticar a relação com indivíduos do mesmo sexo biológico. Este comportamento foi observado em uma raça de libélulas.
- Relação com orientação: mais comumente encontrada entre humanos, é raramente observada entre outros animais. Foi identificada entre animais como uma relação de longo prazo, podendo apresentar uma relação paternal com relação a seres mais jovens. Foi observada em uma espécie de pinguins (Pygoscelis antarcticus).
Observação: O próprio autor fala sobre a dificuldade para fazer alguma afirmação sobre o último tópico, justamente por não poder possivelmente saber o que o animal deseja, sendo assim baseada sob observação.
Dentre as possíveis causas, foram apresentadas algumas possibilidades: distribuição hormonal diferenciada entre os seres analisados, diferenciação sexual do sistema nervoso, fortalecimento dos grupos de seres do mesmo sexo biológico, introdução de seres mais jovens ao mundo sexual, presença de genes que influenciem a orientação. Contudo, não existe real comprovação de nenhuma delas. O principal interesse em descobrir sua origem está em entender a persistência de um comportamento que apresenta um aparente paradoxo por ser inconsistente quando visto pelo lado da teoria da evolução tradicional.
Dentre as consequências observadas, alguns indivíduos apresentam características morfológicas diferentes da esperada, como os besouros que, depois de serem forçados por outros besouros mais imponentes a praticar o ato, apresentam uma camada protetora que dificulta esta relação traumática. Além, foi claramente observada que a relação entre seres do mesmo sexo biológico nos golfinhos ajuda na união do grupo, facilitando a proteção de cada indivíduo deste grupo.
Artigo 2:
Genes Envolvidos na Determinação e Diferenciação do Sexo
Segundo Melo e Assumpção, a determinação e diferenciação sexual estão ligadas principalmente a presença ou não do cromossomo Y no cariótipo. As autoras destacam que o processo mais importante na determinação sexual é a diferenciação das gônadas. “O processo como um todo é classicamente dividido em quatro etapas: a determinação do sexo cromossômico, que é estabelecido na fertilização; a diferenciação das gônadas em testículos ou em ovários; a diferenciação dos genitais internos e externos masculinos ou femininos a partir das estruturas indiferenciadas presentes no embrião, que é dependente da presença ou ausência de testículos; a diferenciação sexual secundária, que é a resposta de vários tecidos aos hormônios produzidos pelas gônadas para completar o fenótipo sexual.” (MELO e ASSUMPÇÃO, p. 14).
Melo e Assumpção explicam que os cromossomos X ou Y não são os únicos responsáveis pela diferenciação do sexo, durante a decodificação do DNA outros cromossomos, enzimas e aminoácidos podem sofrer mutações. Tais mutações podem gerar vários fenômenos diferentes no genótipo e fenótipo. No texto, fica mais fácil compreender onde ocorre a mutação e os resultados que elas podem gerar, já que as autoras deixam bem identificado tais informações.
Referências Bibliográficas:
BAILEY, Natham. W. “Same-sex sexual behavior and evolution” In: Trends in Ecology Evolution, v. 24, p.439-446, 2009.
MELLO, Maricilda Palandi de; ASSUMPCAO, Juliana de; HACKEL, Christine. “Genes envolvidos na determinação e diferenciação do sexo” In: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v.49, n.1, p. 14-25, 2005.
2 comentários:
Achei legais os textos, mas me parece que o post ficou mais em um resumo dos textos lidos do que em representar os debates dos estudos. Valeria a pena tentar dar mais espaço para as interpretações tentadas, e para a maneira como conectamos o conteúdo dos textos com as questões do temário. Não acham?
Sim, aconteceu que ninguém anotou os comentários, então só postamos os resumos dos textos.
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