terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Estudo de autonomia - 10 de Janeiro de 2015

Livro: Educação e Emancipação
Publicado em 1995, pela editora Paz e Terra

Texto: Televisão e Formação
Debate na Rádio de Hessen; transmitido em 1 de junho de 1963;
publicado em Volkshochschule im Westen, vol. 3, 1963.

Comentários e anotações iniciais sobre a leitura do texto em reunião:

Kadelbach propõe uma discussão a respeito do surgimento das transmissões televisivas e a relação dela com a formação.
Ele expõe que as Escolas Superiores de Educação Popular alegaram afastamento dos adultos nos cursos de formação, devido ao surgimento deste novo meio de comunicação de massas. Com isso, tais escolas tentam discutir a televisão para evitar a consequência do afastamento.
Kadelbach questiona qual a opinião de T. Adorno sobre os esforços de aproximação das Escolas Superiores de Educação Popular à televisão.
Adorno comenta a televisão enquanto instrumento de formação cultural e destinada a fins pedagógicos, e também, a função formativa ou deformativa com relação à consciência das pessoas, dado ao longo período que se aplica a ver e ouvir a televisão. Adorno acrescenta que não é contra a televisão, contudo, se preocupa com o uso que dela se faz, já que o tempo dedicado à consumi-la contribui muito para a divulgação de ideologias, e é este ponto que requer atenção, discutir o conteúdo nela transmitido, se este corresponde ou não a uma consciência evoluída.
Becker expõe também que a resistência dos adultos, em especial os intelectuais e educadores da época, para com a televisão, gera uma situação também prejudicial, no sentido de que estes poderiam contribuir com a construção daquilo que é transmitido. O que lhe soa necessário é aprender a ver televisão, conscientizar da função educativa e do perigo de sedução deste meio de comunicação de massa, não só àqueles que a assistem, mas também aos que produzem conteúdo.
Adorno concorda com Becker e ressalta que o ensino, sugerido por Becker, a respeito da  televisão, não se refere somente a saber escolher o que assistir, este ou aquele conteúdo, mas desenvolver aptidões críticas, capacitar as pessoas para que consigam distinguir conteúdos problemáticos, formadores de falsos valores.

[Continua na próxima postagem sobre autonomia]

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